A dor durante a punção do canal vertebral e sua relação com a inervação do ligamento amarelo, da dura-máter e do ligamento longitudinal posterior

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Anestesiologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2004-12

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A dor durante a punção raquidiana é um sinal de alarme, indicando que a ponta da agulha tocou numa estrutura nervosa. Por este motivo, se o paciente acusar dor durante a punção, é obrigatória a interrupção da técnica. A solução anestésica não deverá ser injetada para evitar uma possível lesão de raiz nervosa ou da medula espinhal. Deve-se recuar a agulha e mudar sua direção antes de novo avanço. O relato de dor é totalmente impossível se o paciente estiver adormecido sob influência da anestesia geral e, por este motivo, é recomendável que bloqueios sejam realizados com o paciente consciente. A dor só é referida quando a ponta da agulha ou a ponta do cateter desviarem-se do plano médio sagital para atingir o compartimento peridural ântero-lateral, podendo, desta forma tocar as radículas nervosas situadas próximas aos forames intervertebrais. Excluindo-se os estudos sobre a inervação da pele, do tecido celular subcutâneo e do ligamento interespinhoso, o objetivo deste trabalho é o de rever a inervação de algumas estruturas do canal vertebral: do ligamento amarelo, do ligamento longitudinal posterior, da dura-máter e do disco intervertebral. CONTEÚDO: Estudos sobre a inervação do canal vertebral serão apresentados nesta revisão da literatura, com a intenção de procurar entender a razão da origem da dor durante a punção do canal raquidiano. CONCLUSÕES: O ligamento amarelo é desprovido de inervação, explicando a ausência de dor durante a sua punção. Outras dores, durante a punção, podem ser atribuídas ao nervo de Luschka que inerva o ligamento longitudinal posterior e a porção ventral da dura-máter.

ASSUNTO(S)

complicaÇÕes inervaÇÃo do canal vertebral tÉcnicas anestÉsicas tÉcnicas anestÉsicas tÉcnicas anestÉsicas

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