A cultura tem poder : uma reflexão sobre o processo de institucionalização do campo cultural brasileiro (séculos XIX, XX, XXI)

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A disertação lança um olhar sobre o processo de construção das instituições federais voltadas para o campo da cultura onde se evidencia sua instrumentalização para diferentes projetos de Estado e governos, revelando o poder que tal campo possui.Num aparente paradoxo, o estudo permite compreender as razões pelas quais , historicamente, a cultura , tal como entendida neste texto,sempre recebeu baixos investimentos financeiros do Estado nas suas três esferas de atuação mesmo tendo desempenhado função relevante nos projetos de poder ao longo de nossa história - Ora no auxílio à construção da idéia do Brasil como Nação, com Pedro II; ora como difusor de um projeto civilizatório do Brasil trabalhador, na Era Vargas; ora como sinalizador de um processo de distensão política em contraponto à censura alimentada pelo regime militar nos anos 60/70; ora como um recurso econômico, capaz de impulsionar um novo setor da economia nacional, a partir da criação do Ministério da Cultura.Argumenta-se que as representações e práticas exercidas pelas elites governantes na gestão do campo cultural, privilegiaram seu potencial político e, mais tarde, econômico,não reconhecendo seu potencial civilizatório, nem o caráter democrático vital para seu desenvolvimento..Eis o desafio que nos espera: reconhecer a função civilizatória do Estado em que a área cultural possui papel estratégico.

ASSUNTO(S)

poder politique culturel culture política cultural historia institution cultura instituições identité identidade

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