A seleção de pacientes utilizando-se o critério meld melhora a sobrevida a curto prazo dos pacientes submetidos ao transplante de fígado?
AUTOR(ES)
Chaib, Eleazar, Figueira, Estela Regina Ramos, Brunheroto, André, Gatti, Arthur Paredes, Fernandes, Daniela Valentini, D'Albuquerque, Luiz Augusto Carneiro
FONTE
ABCD, arq. bras. cir. dig.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-12
RESUMO
INTRODUÇÃO: O escore para modelo de doença terminal do fígado (MELD) introduzido em 2002 foi criado para melhorar a seleção de pacientes que estavam morrendo na lista de espera para o transplante de fígado. OBJETIVO: Avaliar a sobrevida precoce dos pacientes submetidos ao transplante de fígado quando o MELD é aplicado como critério de seleção. MÉTODOS: Foi realizada revisão "online" na base de dados PubMed/Medline/Scielo. Os termos utilizados foram transplante de fígado e/ou MELD e/ou análise de sobrevida no período de 2002 a 2009. Entre 124 artigos analisados, 94 foram excluídos devido a irrelevância do assunto e a falta de dados. Foram considerados L1, L2A e MELD>20 os pacientes mais afetados; L2B; L3 e MELD<20 os mais saudáveis. Foram compilados os dados dos pacientes transplantados, sobrevida de um ano, correlacionando-se os achados com MELD e as sobrevidas da era pré-MELD. RESULTADOS: O MELD foi aplicado principalmente em pacientes dos Estados Unidos e Europa com escore variando de 8,4 a 30. A sobrevida de um ano variou de 66,5 a 92%. A sobrevida de um ano antes e depois da era MELD mostrou: Grupo I (L1 e L2A) x Grupo III (MELD>20) com significância (p< 0,0001); Grupo II (L2B e L3) x Grupo IV (MELD<20) não significante. Também foi comparada a sobrevida média dos pacientes em um ano por países na era MELD. CONCLUSÃO: O escore MELD melhorou significativamente a sobrevida dos pacientes a curto prazo, principalmente naqueles considerados mais doentes na lista de espera para o transplante de fígado. Por outro lado não houve impacto naqueles considerados mais saudáveis da lista de espera.
ASSUNTO(S)
transplante de fígado análise de sobrevida
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