Avaliação manométrica anorretal de mulheres adultas com diagnóstico clínico e urodinâmico de bexiga hiperativa

AUTOR(ES)
FONTE

ABCD, arq. bras. cir. dig.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-12

RESUMO

RACIONAL: A manometria anorretal é método diagnóstico empregado na prática clínica para avaliação de distúrbios funcionais anorretais e do assoalho pélvico. As disfunções miccionais, anorretais e do assoalho pélvico tem sido consideradas como fatores contribuintes dos sintomas de bexiga hiperativa. OBJETIVO: Avaliar os resultados obtidos com manometria anorretal em mulheres adultas com diagnóstico clínico e urodinâmico de bexiga hiperativa. MÉTODOS: Vinte e cinco mulheres adultas (média de idade de 45.5±11.9 anos) com diagnóstico clínico e urodinâmico de bexiga hiperativa submeteram-se à manometria anorretal e os resultados obtidos nesta avaliação foram comparados aos de um grupo controle de 18 mulheres (média de idade de 33.9 ±10.7 anos) assintomáticas do ponto de vista urinário e sem critérios clínicos para diagnóstico de bexiga hiperativa. O grupo de mulheres com bexiga hiperativa foi denominado BH e controle C. RESULTADO: Ocorreram seis (24%) casos de contração paradoxal do puborretal no grupo BH e nenhuma no Grupo C. Houve 13 (52%) ocorrências de hipertonia de repouso isolada ou associada à hipertonia de contração no Grupo BH e sete (39%) no Grupo C. A média de pressão de repouso foi de 80.1 mmHg no Grupo BH e 67.6 mmHg no Grupo C. O total de ocorrência de hipertonia de contração no Grupo BH foi de 7(28%) e 11(61%) no Grupo C. A média de pressão de contração foi de 182.2 mmHg no Grupo BH e 148.1 mmHg no Grupo. Com relação ao reflexo inibitório retoanal, a sensibilidade e a capacidade retal máxima não houve diferença estatisticamente significante entre os dois grupos. CONCLUSÃO: As mulheres com bexiga hiperativa apresentaram maior ocorrência de contração paradoxal do puborretal em relação às do grupo controle.

ASSUNTO(S)

bexiga hiperativa incontinência urinária manometria constipação

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